Não viva de aparências

Bom dia galerinha abençoada de Deus! Para meditarmos um pouco no dia de hoje escolhi uma passagem em Coríntios 10:7 que diz assim:

“Olhais para as coisas segundo a aparência? Se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra vez isto consigo, que, assim como ele é de Cristo, também nós de Cristo somos”

Nos tempos atuais em que vivemos, somos apresentados a uma sociedade que vive de aparência. A ditadura da apresentação, da ostentação, dos desafios visuais, dos “conhecimentos” difundidos via redes sociais através dos influencers. Um mundo que vive pela aparência. E são estes que ditam as regras. Uma triste constatação da realidade em que estamos a viver. Em minha infância fui criado com regras onde a aparência não importava mas sim o caráter da pessoa, o conhecimento adquirido, as conquistas realizadas. Mas por que as pessoas agem assim agora? Na base das aparências está uma profunda necessidade de ser aceito e amado, bem como de sentir que somos importantes. Quando somos pequenos, percebemos que os “bons comportamentos” são recompensados ​​na forma de afeto e aceitação, de modo que começamos a nos adaptar ao ambiente para obter a aprovação de que precisamos. Ou seja: há um vazio a ser preenchido. As pessoas preferem viver dessa forma acabam por esquecer de viver de verdade! Quando se voltam para a sua realidade, como ficam? São tempos superficiais e de aparência, que influenciam até mesmo os cristãos. A palavra no grego (morphōsis eusebeia) traduzida como “forma de piedade” carrega o sentido de “esboço, silhueta” e se aplica muito bem aos que vivem de aparência, aos que por fora têm um arcabouço religioso, mas por dentro são destituídos de comunhão com Deus. O apóstolo Paulo usa também da expressão “negando-lhe entretanto, o poder“. A palavra “poder” é traduzida da palavra grega “DUNAMIS” e refere-se ao poder do evangelho, do Espírito Santo dentro da vida de cada crente. Quando esse poder, quando essa ação do Espírito Santo não existe o que restará é apenas a casca de uma vida de aparência. Por que então optamos por viver assim? Quanto mais se vive de aparência, maiores são as carências que a pessoa possui. Portanto não procure viver por uma realidade que não existe pois só irá prejudicar a si mesmo. Procure viver a sua própria realidade e preencha o vazio da sua alma através da palavra de Deus. Ele é capaz de sondar o nosso coração e as nossas intenções (Salmo 139) e sabe se, de facto, o que apresentamos exteriormente provém de uma transformação interior. Pense nisso e tenha um dia abençoado!