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Eleições 2.0: Clica em mim, vota em mim, não não chore por ele!

Quem trabalha com publicidade assiste a muitos cases. Toda hora pinta um vídeo de case pra assistir, seja da construção de uma marca famosa, de uma campanha de sucesso, de um lançamento de produto. Um dos must haves da estação é o case da campanha online do Barack Obama. Por que será que esse case é tão especial?

1) Porque ele ganhou

2) Porque pela primeira vez um político interagiu eficientemente na web, especialmente nas redes sociais

3) Porque ele arrecadou muita grana online

4) Porque as eleições tão aí e político brasileiro (aliás, brasileiro) adora um modismo americano.

E, de repente, não mais que de repente, todo político teve que ter seu “portal”, seu twitter, Facebook, sua equipe online, e-santinhos, Dilmaboys, gurus indianos, videos virais e tudo que o Manual do Candidato a Presidente Descolado do Obama diz que é preciso ter para ganhar uma eleição na rede e fora dela. Claro que o que é TT nos EUA
nem sempre é no Brasil.

Veja bem. Até pouco tempo atrás, os políticos não podiam por lei nem mesmo falar que estavam em campanha na internet (não, não era na época da ditadura, foi tipo até dois anos atrás). Mas o Brasil mudou e a campanha na rede foi liberada. E aí descobrimos que candidato online é tão chato quanto no horário político na televisão. São tão robóticos e artificiais que um bom programador conseguiria fazer um script de Político 2.0 em umas duas horas. Ou seja, a intenção de aproximá-los via redes sociais é totalmente #fail. Quem quer ver uma frase de assessor na timeline? Não vou citar cases de campanha de cada um dos candidatos porque esta é uma coluna de humor que não dá mole para a
concorrência.

Acho mais interessante comentar sobre como as pessoas (os internautas, antigamente chamados de eleitores) reagem a esse momento no Twitter, por exemplo. Tem a turma do “sigam os candidatos para ficar por dentro do que eles planejam”, mas esses juntos não elegeriam nem um síndico de prédio. A imensa maioria só se manifesta durante os debates das emissoras de TV. É uma avalanche de comentários, muito mais estéticos que políticos.

Comentários sobre a peruca da Dilma, roupas da Marina Silva, carisma do Serra ou jovialidade de Plinio Arruda são os mais frequentes. Um distraído pode pensar que estão falando dos finalistas do BBB. Não que tenha problema comentar disso, também acho irresistível, lógico. Mas me espanta pensar que enquanto os candidatos se inspiram no case
Obama e partem com tudo para disputar os corações e mentes virtuais, o povo mais online de todos, os mais tuiteiros e facebookeiros, segue mesmo é o que rola na tela da TV.

Mas também, né, convenhamos,. Com Tiririca, Mulher Pêra, Maguila, KLB, toda essa galera maravilhosa se candidatando e fazendo stand up no horário eleitoral, logicamente a gente vai acabar perdendo a noção do
que é a realidade e o que é circo. Pensando bem, a política nacional pode ficar bem mais divertida com eles. Quem sabe com uns artistas na política o povo não começa a assistir a TV Congresso?

(Atenção gente, isso era uma brincadeira. Espero muito que todos tenham pensado “nossa, tá muito errado”. Pensaram, né? Vocês não vão votar neles, né? Né? Por favor! Candidato celebridade que só serve para puxar voto pro partido eleger uns zé manés que ninguém conhece é algo que merecia uma lei como a da Ficha Suja. A Lei da Ficha Caída. Se liguem. Nenhum deles é legal. Stand up também não).

Fonte: Geek



Publicado por Pastor Claybom, pai apaixonado, nerd como marca de nascimento, geek por paixão, adorador por excelência. Enfim, um servo de Deus que tenta entender tudo o que Ele nos oferece no dia a dia.



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