Bom dia galerinha abençoada de Deus. E vamos para mais uma semana abençoada debaixo da proteção do Pai. Para meditarmos um pouco hoje, escolhi uma passagem em Salmos 25:5 que assim diz:
“Guia-me na tua verdade, e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação; por ti estou esperando todo o dia.”
Ser sincero e verdadeiro ultimamente não está na moda. As pessoas gostam de se promover e colocar palavras em benefício próprio; dessa forma podem alcançar seus objetivos. Esse final de semana eu assisti o filme Matrix e uma frase que Morpheus fala a Neo me chamou a atenção: “a verdade é libertadora”. A verdade é algo absoluto. É a realidade e não muda, nem depende da opinião das pessoas. A verdade continua a ser a verdade, mesmo quando ninguém acredita que é a verdade. A verdade é muito grande. Ela engloba toda a realidade. A Bíblia diz que a verdade existe e pode ser conhecida. Não está fora de nosso alcance. Devemos procurar a verdade porque a verdade nos liberta. A verdade, muitas vezes, pode ser difícil de acreditar, mas continua sendo verdade. E quando se pratica a verdade, mesmo que não se dê crédito, ela possui um valor absurdamente caro. E não falo em questões de dinheiro, mas sim de honra. Honra… uma palavra que quase não se escuta mais, pelo menos no Brasil. Aqui em Portugal, a honra é um compromisso, um fato! E a verdade, assim como a honra, não tem preço. Conta-se que no século IV a.C., em Siracusa, na Sicília, havia dois amigos inseparáveis. Nada havia que um não fizesse pelo outro. Certo dia o rei de Siracusa, Dionísio, aborreceu-se ao tomar conhecimento de certos discursos que Pítias vinha fazendo. O jovem pensador andava dizendo ao público que nenhum homem devia ter poder ilimitado sobre outro. E que os tiranos absolutos eram reis injustos. Presos ambos os amigos, Pítias reafirmou perante a autoridade real as suas ideias. O que dizia ao povo era a verdade e portanto a sustentaria, custasse o que custasse. Acusado de traição, Pítias foi condenado à morte. Como seu último desejo, pediu ao rei que o deixasse dizer adeus à sua mulher e filhos e por os assuntos domésticos em ordem. Dionísio riu do desejo do condenado.
– Vejo que além de injusto e tirano, você também me considera um tolo. Se sair de Siracusa, tenho certeza que nunca mais voltará! – disse o rei.
Foi nesse momento que Damon adiantou-se e ofereceu-se como garantia. Ficaria em Siracusa como prisioneiro, até o retorno do amigo.
– Pode ter certeza de que Pítias voltará. Nossa amizade é bem conhecida. Eu ficarei aqui.
Ainda um tanto desconfiado, Dionísio examinou os dois amigos. Alertando Damon que, se Pítias não voltasse, ele morreria em seu lugar, aceitou a oferta. Pítias partiu e Damon foi atirado na prisão. Muitos dias se passaram. Pítias não voltava e o rei foi verificar como estava o ânimo do prisioneiro. Estaria arrependido de ter feito o acordo?
– Seu tempo está chegando ao fim. – sentenciou o rei de Siracusa – Será inútil implorar misericórdia. Você foi um tolo em confiar em seu amigo. Achou mesmo que ele voltaria para morrer?
Com firmeza, Damon respondeu:
– É um mero atraso. Talvez os ventos não lhe tenham permitido navegar. Talvez tenha tido um imprevisto na estrada. Guardo a certeza que, se for humanamente possível, ele chegará a tempo.
Dionísio admirou-se da confiança do prisioneiro. Chegou o dia fatal. Damon foi retirado da prisão e levado à presença do carrasco. Lá estava o rei, sarcástico, gozando sua vitória.
– Parece que seu amigo não apareceu. Que acha dele agora? – perguntou.
– É meu amigo. Confio nele! – foi a resposta de Damon.
Nem terminara de falar e as portas se abriram, deixando entrar Pítias cambaleante. Estava pálido, ferido e a exaustão lhe tirava o fôlego. Atirou-se nos braços do amigo.
– Graças aos céus, você está vivo! – falou soluçando – Parece que tudo conspirava contra nós. Meu navio naufragou numa tempestade. Depois, bandidos me atacaram na estrada. Recusei-me, contudo, a perder a esperança e aqui estou. Estou pronto para cumprir a minha sentença de morte.
Dionísio ouviu com espanto as palavras. Era-lhe impossível resistir ao poder de tal lealdade. Emocionado, declarou:
– A sentença está revogada. Jamais acreditei que pudessem existir tamanha fé e lealdade na amizade. Vocês mostraram como eu estava errado. É justo que ganhem a liberdade. Em troca, porém, peço um grande auxílio.
– Que auxílio? – perguntaram os amigos.
– Ensinem-me a ter parte em tão sólida amizade.
A verdade deu oportunidade de Pitias poder resolver seus problemas a porta da morte; salvou seu amigo da morte no seu lugar; salvou a si mesmo da condenação. E ainda deu a oportunidade de mostrar a valor de uma verdadeira amizade. A verdade faz parte do verdadeiro amor. Pense nisso e tenha uma segunda feira abençoada.
Publicado por Pastor Claybom, pai apaixonado, nerd como marca de nascimento, geek por paixão, adorador por excelência. Enfim, um servo de Deus que tenta entender tudo o que Ele nos oferece no dia a dia.