Bom dia galerinha abençoada de Deus! E começamos mais uma semana sob a graça e bondade do Pai sobre nossas vidas! Para meditarmos um pouco no dia de hoje, escolhi uma passagem na epístola de I Coríntios 14:33 que nos diz:
“porque Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos,”
Eu estava a ver uma imagem de dois ângulos distintos de um personagem ilustre onde, em uma, parecia que ele estava fazendo um gesto muito feio levantando o dedo médio da mão mas em outro ângulo, percebia que ele fazia o V da vitória. O ser humano gosta de criar um atrito, isso é certo. Basta ver como vemos confusões nas redes sociais por qualquer palavra dita e interpretada de forma inadequada. Sempre temos que ver um ato qualquer com dois prismas: o do autor e o do leitor; de quem faz e de quem sofre a ação. Por isso a máxima da justiça é que todos são inocentes até prova em contrário. Como no versículo acima relatado, Deus não é de confusão! Tudo o que ele faz é próprio e importante e tem um sentido. Se não entendermos é porque, simplesmente, não percebemos o profundo significado da verdade. Como aconteceu certa vez em uma grande empresa no Brasil, onde um conhecido fazia parte de um grupo de treinadores voluntários. Eram coordenados pelo chefe de treinamento, o professor Lima, e tinham até um lema: ‘Para poder ensinar, antes é preciso aprender’ (copiado, se bem me recordo, de uma literatura do Senai). Um dia, se reuniram para discutir a melhor forma de ministrar um curso para cerca de 200 funcionários. Estava claro que o método convencional – botar todo mundo numa sala – não iria funcionar, já que o professor insistia na necessidade da interação, impraticável com um público daquele tamanho. Como sempre acontece nessas reuniões, a imaginação voou longe do objetivo, até que, lá pelas tantas, uma colega propôs usarmos um trecho do Sermão da Montanha como tema do evento. E o professor, que até ali estava meio quieto, respondeu de primeira. Aliás, pensou alto:
– Jesus era peripatético…
Seguiu-se uma constrangida troca de olhares, mas, antes que o hiato pudesse ser quebrado por alguém com coragem para retrucar a afronta, dona Dirce, a secretária, interrompeu a reunião para dizer que o gerente de RH precisava falar urgentemente com o professor. E lá se foi ele, deixando a sala à vontade para conspirar.
– Não sei vocês, mas eu achei esse comentário de extremo mau gosto – disse a Laura.
– Eu nem diria de mau gosto, Laura. Eu diria ofensivo mesmo! – emendou o Jorge, para acrescentar que estava chocado, no que foi amparado por um silêncio geral.
– Talvez o professor não queira misturar religião com treinamento. – ponderou o Sales, que era o mais ponderado de todos – Mas eu até vejo uma razão para isso.
– Que é isso, Sales? Que razão?
– Bom, para mim, é óbvio que ele é ateu.
– Não diga!
– Digo. Quer dizer, é um direito dele. Mas daí a desrespeitar a religiosidade alheia…
Cheios de fúria, malhamos o professor durante uns dez minutos e, quando já o estávamos sentenciando à fogueira eterna, ele retornou. Mas nem percebeu a hostilidade. Já entrou falando:
— Então, como ia dizendo, podíamos montar várias salas separadas e colocar umas 20 pessoas em cada uma. É verdade que cada treinador teria de repetir a mesma apresentação várias vezes, mas… ué!? Por que vocês estão me olhando desse jeito?
– Bom, falando em nome do grupo, professor, essa coisa aí de peripatético, veja bem…
– Exatamente! Foi daí que me veio a idéia. Jesus se locomovia para fazer pregações, como os filósofos também faziam, ao orientar seus discípulos. Mas Jesus foi o Mestre dos Mestres, portanto a sugestão de usar o Sermão da Montanha foi muito feliz. Teríamos uma bela mensagem moral e o deslocamento físico. Mas que cara é essa pessoal? Peripatético quer dizer ‘o que ensina caminhando’.
E todos ali, encolhidos de vergonha. Bastaria um de deles ter tido a humildade de confessar que desconhecia a palavra que o resto concordaria e tudo se resolveria com uma simples ida ao dicionário. Isto é, para poder ensinar, antes era preciso aprender. Então veja, o propósito dessa história (que é real, baseada no artigo escrito por Max Gehringer publicado na Revista VOCÊ SA) é aprender essas duas lições: A primeira é que o fato de todos estarem de acordo não transforma o falso em verdadeiro. E a segunda é que a sabedoria tende a provocar discórdia, mas a ignorância é quase sempre unânime. Então seja humilde antes de começar uma discussão e coloque que você não entendeu e precisa da explicação. Pense nisso e tenha um dia abençoado e repleto de alegrias e vitórias!
Publicado por Pastor Claybom, pai apaixonado, nerd como marca de nascimento, geek por paixão, adorador por excelência. Enfim, um servo de Deus que tenta entender tudo o que Ele nos oferece no dia a dia.