Não também é resposta

Bom dia galerinha abençoada de Deus! Para meditarmos um pouco no dia de hoje escolhi uma conhecida passagem no livro de I Coríntios 13:12 que assim diz:

“Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido”

Muitas vezes estamos aflitos e pedimos socorro aos céus e estamos certos de que seremos atendidos. Porém nos esquecemos que uma resposta negativa também é considerada como resposta. Imagine se, por exemplo, você está a caminho do aeroporto para ir pegar um avião e, por um acidente, descuido ou falta de sorte mesmo acaba por perder o vôo ou não consegue comprar para o dia exato que você deseja? Vai ficar revoltado porque, muito provavelmente, você teria afazeres para fazer na hora planeada para chegar. Porém o que acontece se você depois fica sabendo que aquele avião caiu? Isso aconteceu com minha sogra uma vez quando perdeu o vôo de Manaus para o Rio de Janeiro e o avião acabou por cair no meio do caminho. Uma resposta negativa não deixa de ser uma resposta.
Ainda tem a história de Emy que era uma linda menina de 5 aninhos de idade. Sua família era cristã e eles iam todos os domingos à igreja e realizavam o culto doméstico. Ela era muito feliz, exceto por um desejo secreto: Emy queria ter olhos azuis claros, como sua mãe, seu pai e todos os seus irmãos. Um dia, na Escola Bíblica, ela aprendeu: “DEUS RESPONDE A TODAS AS ORAÇÕES!” Emy não via a hora de ir dormir, para antes se ajoelhar em sua cama e pedir a Deus olhos azuis.
Ela teve fé. A fé pura e sincera de uma criança e, ao acordar, no dia seguinte, correu para o espelho e olhou em seus próprios olhos, que continuavam castanhos. Ficou muito decepcionada com Deus. Mas, superou isso. E cresceu.
Anos depois, Emy enviada como missionária para “comprar crianças para Deus” (naquele fim de mundo, as crianças eram vendidas por suas famílias – que passavam fome – para serem sacrificadas num templo, e Emy as “comprava” para libertá-las desse fim trágico).
Para poder entrar naqueles “templos” sem ser reconhecida (pois estrangeiros não eram bem vindos), ela precisou se disfarçar: passou pó de café na pele, cobriu os cabelos, vestiu-se como as mulheres do local e entrava livremente nos locais de venda de crianças, sem despertar suspeitas.
Um dia, uma amiga missionária olhou para ela disfarçada e disse:
– Puxa, Emy! Como você ficou bem caracterizada. Quase não te reconheci. Você já pensou como você faria para se disfarçar se tivesse olhos azuis como os de todos da sua família? Que Deus maravilhoso! Ele lhe deu olhos castanhos, pois sabia que isso seria essencial para a missão que um dia Ele iria lhe confiar.
Emy olhou para as duas crianças que havia “comprado” naquele dia e, em seu íntimo, agradeceu a Deus por não haver atendido sua oração infantil.
Temos que lembrar que Deus quer o melhor para nós… ainda que não entendamos Seu plano mas Ele sabe! Pense nisso e agradeça até pelo não que recebe.