Bom dia galerinha abençoada de Deus! Para meditarmos um pouco no dia de hoje escolhi uma passagem em 1 Pedro 3:3-4 que assim diz:
“A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Ao contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus.”
Eu estava no dia de ontem a pensar em como a vida era mais simples antigamente. A TV tinha poucos canais e as telas eram pequenas. Para aumentar o volume ou trocar de canal, teríamos de ir até a televisão para isso. Se precisasse falar com um amigo, teria de ir até a casa dele. Fazer um trabalho da escola tinha que ir à biblioteca ou ter uma enciclopédia em casa. Um convite para uma festa era escrito e, no máximo, terminava as 21h.
Os tempos mudaram e hoje não existem barreiras ou fronteiras para se ter uma amizade. A facilidade da tecnologia fez com que todos ficassem mais preguiçosos. Aqui em casa, por exemplo, até as luzes dos cômodos são controlados por voz. Toda a comunicação é feita pela internet. O que vale mesmo é sua imagem na web ou posição social.
Mas não precisamos de posição social, bens materiais e poder para sermos iguais a Jesus. Jesus era simples e humilde de coração. Para sermos imitadores de Cristo, devemos cultivar a simplicidade e a verdade em nossas corações.
Quem gosta de viver sabe que as coisas mais importantes desta vida se escondem nos detalhes simples dos acontecimentos ordinários. Não as aprendemos nos livros, nas aulas nem em sermões. Passam de pessoa à pessoa por meio de gestos e comportamentos concretos. A única forma de um pai ensinar a um filho ser honesto, por exemplo, consiste em ele mesmo ser honesto. Se assim não for, ele bem pode esforçar-se em dar ao filho enormes sermões sobre essa virtude, mas certamente, não terá bom êxito. Por outro lado, se o pai for honesto, não precisará sequer usar as palavras.
Falando da simplicidade que se esconde nos detalhes “revelada por intermédio dos pequenos”, partilho uma experiência que li sobre um padre que viveu aqui em Portugal, na Aldeia de São Romoão, ao pé da Serra da Estrela, um dos pontos turísticos mais importantes do País, terra linda e cheia de gente simples e acolhedora.
Este padre fez um sermão sobre a passagem bíblica de Lucas 19:1-10, que narra a conversão de Zaqueu. Naquela época, Zaqueu era chefe dos cobradores de impostos e não era bem visto por conta da profissão que exercia. Tinha muitos bens, mas era pobre por não ser amado. Nesta passagem Jesus, ao passar por Jericó, resolveu jantar em sua casa.
Como será que ficou seu coração? Quando, Jesus, lhe dirigiu o olhar em direção àquela árvore “onde ele estava escondido entre galhos e folhas”, nem um pouco preocupado com sua dignidade, mas movido pela vontade de conhecer, de perto, aquele Homem tão diferente dos outros rabinos do seu tempo. Ele até subiu na árvore, porque era de baixa estatura.
Durante a pregação, o padre resolveu estimular cada um a colocar-se no lugar de Zaqueu, e a procurar imaginar seus sentimentos ao ouvir a voz do Senhor chegar aos seus ouvidos, comunicando-lhe que iria visitá-lo. Depois perguntou:
– E se fosse você? Como receberia Cristo para jantar em sua casa esta noite?
Com entusiasmo, cada um foi dando sua resposta. Algumas senhoras vibravam ao dizer que iriam fazer um banquete, usar toalhas de seda nas mesas, arrumar a casa com flores, e caprichar nos detalhes. Iriam oferecer-lhe vinho da melhor qualidade, em taças de cristal e por aí seguiam dando asas à imaginação. Deve até ter sido bem divertido, e deve ter servido também para “quebrar o gelo”.
Quando o padre retomou a concentração para o sermão, ouviu-se uma voz de criança gritar forte no meio da assembléia:
– Se Jesus fosse me visitar eu ia dar-lhe muitos beijos!
Era o Abel, um menininho de cinco anos cheio de vida, com o rosto bem corado e olhos claros, como a maioria de seus conterrâneos. Ao som de sua voz, todos nós nos voltamos para ele. Admirados!
O padre teve até dificuldades para enxergá-lo no meio de tanta gente grande. Depois, ficou alguns segundos contemplando a grandeza de Deus, que gosta de se revelar através dos simples. Dizer mais o que naquela hora? Abel disse tudo em tão pouco!
Eu quero acreditar que a simplicidade da qual o menino se referiu é muito maior do que banquetes, vinhos, uma casa arrumada. O que Deus quer de nós é exatamente isso: um coração puro, um espírito reto, simplicidade de ser e de agir. Não precisamos de muito para agradar o Pai e é tudo o que ele requer de nós. Pense nisso e tenha um dia simples e abençoado.
Publicado por Pastor Claybom, pai apaixonado, nerd como marca de nascimento, geek por paixão, adorador por excelência. Enfim, um servo de Deus que tenta entender tudo o que Ele nos oferece no dia a dia.