Sacrifique seu comodismo

Bom dia galerinha abençoada de Deus! Para meditarmos um pouco no dia de hoje escolhi uma passagem em Provérbios 19:6 que assim diz:

“Muitos se deixam acomodar pelos favores do príncipe, e cada um é amigo daquele que dá presentes”

Tirei o dia de domingo para fazer alguns trabalhos que tenho que entregar no seminário e depois tirei para descansar um pouco. Peguei um pouco de café quente e sentei na sala e minha esposa falou que eu merecia sentar um pouco ali para relaxar. Não sei o por que mas essa frase me incomodou um pouco. Realmente é bom pararmos para descansar, sentar no sofá ver um filme ou uma série. Então por que me incomodei? Logo depois acabei por deitar um pouco antes do almoço e fiquei a pensar no momento que vivemos e as oportunidades que nos escapam. Posso dizer que me esforço ao máximo mas mesmo assim eu sei que oportunidades podem nos escapar. No dia de sábado visitamos dois amigos que não vemos a tempos e pude, com muita alegria, ver como evoluíram ao longo do tempo. Não é bom poder compartilhar a alegria dos amigos? Mas eu sei, muito bem, quanto cada um deles se esforçou para conseguir seus objetivos. Sei o quanto sacrificaram e sofreram ao longo da jornada. Por isso não podemos nos acomodar! Todos nós temos objetivos e como vamos alcançar se nos acomodarmos? Sem sacrifício, não há vitória. conta-se que, certa vez, um sábio e seu discípulo estavam a peregrinar por terras distantes e ao longo da sua caminhada passaram por uma humilde quinta (fazenda no Brasil) com um aspeto não muito bonito e pediram refeição e abrigo para o proprietário que possuía uma aparência triste e carrancuda. Porém foram bem acolhidos e jantaram com a família. Durante a refeição, o senhor daquelas terras falou da dificuldade que vivia e que seu único sustento era a vaca que dava leite e este era vendido para suprir as necessidades da família. O sábio agradeceu e falou que iria embora antes do nascer do sol. Era ainda escuro quando o sábio chamou seu discípulo e disse:
– Acorde!
– Mas mestre, ainda não amanheceu.
– Sim, mas precisamos ajudar essa família.
– Sim mestre.
Quando saíram, todos estavam a dormir. Ao passar pelo estábulo o mestre falou para o discípulo:
– Coloque uma corda na vaca e traga conosco.
– Como mestre?
– Você escutou.
O discípulo pegou a corda, colocou na vaca e levou consigo. Ao chegar perto de uma ribanceira, o mestre falou.
– Dá-me a corda.
– Aqui está mestre.
O mestre pegou a corda e levou a vaca até a beira do precipício. Ao chegar lá, empurrou a vaca e ela caiu no precipício e morreu com a queda.
– Mestre! Aquela vaca era o único sustento daquela família! Como eles viverão agora.
– Eu estou discutindo alguma coisa? Vamos embora!
– Mas mestre…
– Vamos embora! Agora!
O discípulo ficou atordoado… estaria seu mestre a ficar enlouquecido? Mas, não poderia ficar mais ali. Acabou por ir embora. Passou-se anos, o discípulo aprendeu tudo o que poderia aprender e seu mestre veio a falecer e, agora, ele era o mestre. Mas o episódio daquela vaca não saia da sua cabeça! Tomou a decisão de ir até aquela quinta e se desculpar pelo ato do seu mestre. Depois de uma longa viagem chega até aquele lugar porém o que via agora era uma fabulosa quinta, muito bonita, vários empregados, plantações, gado. Ele pensou:
“Aquela família deve ter vendido por uma ninharia e ter ido para outro lugar. Como poderiam continuar a viver se não tinham mais o sustento? Preciso achá-los e tentar ajudá-los!”
Foi ao encontro do primeiro empregado e perguntou:
– Você sabe dos antigos proprietários dessa quinta? Gostaria muito de vê-los.
– Antigos proprietários? Mas esta quinta é da família a gerações! Nunca foi vendida!
Agora ele ficou confuso! Como pode ser? O que aconteceu? Nisso aparece o proprietário agora bem vestido e alegre e reconhece aquele antigo discípulo!
– Meu amigo! Que bom vê-lo novamente em minhas terras!
– O senhor está muito diferente! Suas terras agora estão vistosas, tem empregados, gados, plantações! O que aconteceu?
– Olha, naquele dia que vocês foram embora, minha vaca soltou do curral e acabou caindo no despenhadeiro. Fiquei desesperado mas eu e minha esposa começamos a fazer outras coisas e descobri talentos que nem sequer imaginava! E o resultado é tudo isso que estás a ver!
Naquele instante o discípulo compreendeu a atitude do seu mestre. Ele percebeu que aquela família sofria era unicamente comodismo.
Nossa vida é exatamente dessa forma. Muitas vezes nos acomodamos e não queremos mudar, arriscar! Mas as vezes, é necessário sacrificar nosso comodismo, nosso sofá, senão, não conseguimos evoluir. Eu tenho visto isso: só cresce quem se sacrifica! E você, o que precisa sacrificar para mostrar seu talento? Pense nisso e tenha um dia abençoado!