Queres sempre mais? Por que?

Bom dia galerinha abençoada de Deus! Para meditarmos um pouco no dia de hoje escolhi uma passagem em Filipenses 4:11 que assim diz:

“Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho”

Quando eu era criança (tinha menos de 5 anos), lembro que meus pais tinham um frigorífico (geladeira no Brasil) que já tinha, pelo menos, 20 anos. Ela congelava qualquer coisa rapidamente. Meu pai já havia pintado ela pois, pelo tempo, a cor já havia desbotado. Era impossível não gelar… as vezes gelava até demais! Mas meu pai acabou por se convencer que já era tempo de comprar uma nova. Como o nosso não estava ruim, minha mãe resolveu dar para minha avó já que estávamos a construir uma casa para ela. Eu me lembro que, em menos de dois anos, o novo equipamento já deu problema e tivemos que chamar um técnico para consertar a avaria. Eu cresci, namorei, casei, tive filho e minha avó ainda tinha o frigorífico dela a funcionar sem dar nenhum problema. A sociedade moderna nos empurra sempre para o “mais moderno” mas qual é a nossa necessidade? No contexto desse versículo, o apóstolo Paulo teve, sem dúvida, muitas vezes em circunstâncias de necessidade, ele não fez essas observações por esse motivo. Em suas jornadas, em suas prisões, ele não podia deixar de estar às vezes em falta; mas aprendeu a suportar tudo isso; e o que mais se impressionou em sua mente foi o interesse que a igreja deveria mostrar na causa da religião e a evidência que ela forneceria assim para apegar-se à causa. Quanto às suas provações pessoais, ele aprendeu a suportá-las, para que não lhe causassem grande desconforto. E olhando as provações que Paulo passou fico a pensar o quão infantil nós somos. O primeiro desconforto que a vida nos oferece, já nos derramamos em lágrimas e clamamos misericórdia aos céus para que consigamos o que pretendemos! Deus nos reserva exatamente de acordo com nossas necessidades. É aquilo que queremos? Nem sempre… mas se é o Pai que nos concedeu, é porque está nos Seus planos e é de acordo com nossas necessidades. Eu tive um amigo que depois de anos de serviço no Banco onde trabalhávamos juntos, estava próximo de reformar (aposentar) e resolveu gastar uma consideravel parte do seu rendimento em uma aventura louca. Muitas pessoas desaconselharam, inclusive seus familares mas ele queria pois era o seu sonho e não conseguiu concretizar enquanto estava a trabalhar. Infelizmente esse sonho não se realizou pois teve um acidente fatal logo no início dessa jornada. E, um ano depois, sua filha veio a padecer de cancro (cancer) e faltava o dinheiro para operar… e era exatamente a quantia que ele gastou em sua aventura. Não é errado sonhar, mas temos que estar conscientes nem tudo o que queremos é para nosso bem. Uma mente contente é uma bênção inestimável e é um dos frutos que o Santo Espírito planta em nossa alma. Surge da crença de que Deus está certo em todos os seus caminhos. Por que deveríamos estar impacientes, inquietos, descontentes? Que mal será remediado por isso? O que quer fornecido? Que calamidade removida? Reflita nessa verdade e tenha um dia abençoado.