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Pesquisador japonês cria modo de ganhar abraços e sentir gostos pela internet

Um professor da Universidade de Keio, no Japão, Adrian K. Cheok, está desenvolvendo uma tecnologia que trabalhará com impulsos elétricos aplicados diretamente no cérebro, levando o organismo a experimentar sensações de toque e gosto via meios eletrônicos, como internet e celular.

O Professor Cheok está desenvolvendo uma tecnologia de realidade aumentada que utiliza impulsos elétricos no cérebro para estimular certas reações no corpo. Algumas das experências possíveis com a tecnologia seria sentir o gosto de um pirulito, vinhos ou mesmo cookies caseiros. Abraços poderiam ser dados via internet e uma mensagem de texto poderia ter um gosto doce, ou amargo – literalmente.

Sarah Lacy, escrevendo para o Tech Crunch, acredita que há de levantar algumas questões sobre a tecnologia, que pode trazer sérias complicações, tanto éticas quanto legais. Para ela, é fácil pensar em coisas produtivas para se fazer com ela, mas é também fácil pensar em coisas perigosas, principalmente se tratando da internet.

Umas das questões mais importantes é, sem dúvida, a segurança de jovens e crianças com acesso a redes sociais e chats na rede. Lacy mostra preocupação com relação às atividades dos filhos em redes como MySpace, Facebook e Orkut, por exemplo, principalmente com relação aos constantes casos de pedofilia, imaginando o que um abraço – e por que esperar que as coisas vão parar só no abraço? – via internet poderá causar.

É claro que existem boas aplicações também, como a possibilidade de experimentar alimentos, bebidas e guloseimas sem que seja necessário comê-las e, portanto, engordar. Mas essa aplicação não seria restrita apenas a questões estéticas, mas também de saúde e bem-estar, como para a possibilidade de que diabéticos possam sentir o gosto de doces realmente deliciosos, feitos com açúcar!

Pensando nas relações pessoais, Lacy mostra outras preocupações além de crimes de pedofilia. Se os pais podem abraçar os filhos pela internet, qual será sua opinião sobre ficar até mais tarde no trabalho, ou mesmo viajar constantemente? Será que o abraços digitais podem substituir os abraços de verdade? Precisamos de mais uma ferramenta para a virtualização do mundo real?

Por outro lado, o professor Choek lembra de um homem que soube de seu estudo e o procurou, perguntando sobre a possibilidade de utilização da tecnologia para que ele pudesse abraçar sua filha, que possuía uma doença auto-imune que a impedia de qualquer contato humano.

É claro que toda nova tecnologia está sujeita a bons e maus usos – vide a química nuclear, responsável por incríveis avanços médicos e científicos, mas também pela
bomba atômica.

Algo semelhante já havia também sido feito por outro pesquisador japonês, que desenvolveu o iFeel_IM! para interações físicas na internet. Resta esperar pelo maior desenvolvimento e aplicações para o projeto do Professor Choek.

Fonte: Geek



Publicado por Pastor Claybom, pai apaixonado, nerd como marca de nascimento, geek por paixão, adorador por excelência. Enfim, um servo de Deus que tenta entender tudo o que Ele nos oferece no dia a dia.



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