Gente, que doideira, né? No jornal “O Globo – On line” tive a infelicidade (novamente) de ler mais uma notícia apavorante!!! Tudo bem, para alguns pode ser notícia velha, mas tem muita coisa ruim que se a mídia malvada renova!!
Bom, comecemos do início: alguém já leu alguma obra de Machado de Assis, José de Alencar, Álvares de Azevedo? Muitos já leram, por obrigação ou prazer. Na minha época de escola (e lá se vão mais de trinta anos), a leitura de clássicos da literatura brasileira e portuguesa era obrigatória, sem contar as obras de autores clássicos como Shakespeare, Homero, Sófocles, Aristóteles, Sun Tzu, Boccácio, Maquiavel, Confúcio, Vitor Hugo, Florbela Espanca, Charles Baudelaire, Dostoievski, Leão Tolstoi, Oscar Wilde, Ernest Hemingway, Gil Vicente, Camões, Fernando Pessoa, José Saramago, Eça de Queiroz… Algum de vocês sabe que numa das Salas do Centro Cultural Banco do Brasil, aqui na Rua 1º de Março, no centro do Rio de Janeiro, existem originais (raridade) da obra de Fernando Pessoa (“… tudo vale à pena, se a alma não é pequena” – ora pois pois).
Imaginem obras destes homens presenteados com cérebros geniais (cada um na sua origem e tempo, claro) serem transformadas ou mixadas em livros sobre vampiros, luas negras, feridas sangrentas e naves espaciais? Particularmente, acho que seria ultrajante. O objetivo do mashup é misturar ou, ou como eles dizem, atualizar determinada obra para que haja aceitação do público leitor, principalmente o jovem que, naturalmente, ainda está com sua mente e corpo em movimento, mas ainda longe do amadurecimento.
Pior mesmo que tudo isso, é praticamente impedir o jovem de ter seu vocabulário melhorado. Tudo bem que ouvir alguém usar mesóclise hoje em dia é complicado, nossos ouvidos e olhos estão desacostumados, mas eu aprendi na escola que se deve usar mesóclise quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …)
– Convidar-me-ão para a festa.
– Convidar-me-iam para a festa.
Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.
– Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.
Tudo bem que a gente encontra o significado disso tudo na internet (puxa, isso ajuda!) e faz a maior diferença numa prova de vestibular ou concurso, evitando que os coitados dos professores leiam redações analfabetas e obscuras. Muito exercício para nenhum resultado.
Como tirar a obra original de Machado de Assis e José de Alencar das nossas veias? Como tirar da nossa memória os diálogos rebuscados da Carolina (A Moreninha), como esquecer de Iaiá Garcia, O Cortiço, Lucíola e por aí vai. Credo!!!! Imagine se “embebedar-nos-emos” com essa sangue vampiresco espalhado por todos os lugares onde a vista alcança e os ouvidos captam o som (melhor seria sermos cegos e surdos nestas horas).
Tudo bem: quer rir, ria. Mas por favor, não “emburreça”!! Existem venenos para os quais não foram descobertos antídotos. A Ignorância “Culta” é um deles.
Pense nisso: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Efésios 6:12
Links relacionados:
Grandes nomes da literatura brasileira ganham versoes de suas obras mixadas com elementos pop.
Leia trechos dos mashups literarios brasileiros.
Graça e paz de Deus para todos.
Missionária Doriana
Publicado por Miss.Doriana, - sou apenas eu. Analistas de Sistemas, fazendo faculdade, mãe da menina mais linda do mundo. Prof de EBD - pré-adolecentes e esposa do Pastor Claybom.