Diferentes tipos de amor

Bom dia galerinha abençoada de Deus! Mais um dia que o Pai nos concede para Sua glória e alegria. Para meditarmos um pouco, escolhi uma passagem que está na epístola de Paulo aos Romanos 12:15 que diz:

“Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.”

Ainda quero refletir um pouco sobre a futilidade da existência terrena. Aprendemos que para viver temos que ter. Começamos a logo cedo querendo roupas de marca, depois evoluímos nas nossas ambições querendo aparelhos modernos, tecnológicos, carros, casas, viajar pelo mundo… e por aí vai. Mas eu nunca vi ninguém querendo um amor verdadeiro. Mas que amor é esse? No idioma grego antigo, diferentes termos eram utilizados para se referir ao amor. Vamos entender o que é amor ágape, amor philos e amor eros. Ágape é a transliteração do termo grego agape ou agapao, sendo este termo o mais utilizado para se referir a uma idéia de amor mais elevado; é aquele tipo de amor que não busca seus próprios interesses, é um amor desinteressado, puro e genuíno. O termo philos é o termo grego alternativo para agape, porém pela distinção feita pelos cristãos, o amor philos pode ser mais bem compreendido como sendo um sentimento de simpatia natural, uma profunda amizade e carinho que alguém dispensa aos seus amigos e familiares. Já o amor eros geralmente expressa a ideia de amor mergulhado em paixão e romantismo, transmitindo também o sentido de desejo passional, sensual e sexual. O que eu quero falar é mais sobre o amor ágape, o amor que não pensa em si mesmo mas no seu próximo. Na época do ensino secundário eu morava em outra cidade, durante a semana ficava com uma tia e só voltava para casa dos meus pais na Sexta-feira. Me lembro de uma vez, acho que era véspera de feriado, e tinha chovido em um momento anterior. Fui a uma paragem do meu ônibus (autocarro) próximo a Rodoviária e vi uma senhora que não estava bem vestida, provavelmente uma moradora de rua, tropeçou e acabou por cair em uma poça… e ali ficou. Ninguém se aproximou dela para ajudar. Olhei para ela e a imaginei como se fosse minha avó. Imediatamente corri para ajudá-la. Com algum esforço consegui levantá-la e, com a ajuda de uma senhora que se aproximou depois, a colocamos sentada. Comprei um suco para ela e fiquei com ela até dar o horário do meu transporte. Quando entrei no ônibus (autocarro), percebi que as pessoas se afastavam de mim. Depois percebi que minha blusa, que era branca, estava suja e cheirando mal. Nem me importei… pois eu tinha feito o bem para alguém que precisava. Fernando Sabino escreveu no seu livro “O Encontro Marcado” um texto interessante que gostaria de citar.
“De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre
começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que
seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho
novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do
sono uma ponte, da procura um encontro.”
Não importa o momento que estamos a viver, cabe a nós utilizar essa dificuldade como aprendizado para crescer! E praticar aquilo que já sabemos ser o correto. As vezes o pouco que temos a oferecer pode ser muito para outra pessoa. Como na história de um menino muito amoroso que certa vez, quando viu seu vizinho, um senhor idoso, chorando por causa do recente falecimento de sua esposa, sentou no seu colo, encostou a cabeça em seu peito e simplesmente ficou ali, quieto. Mais tarde, a mãe lhe perguntou o que ele tinha dito ao vizinho entristecido.
– Nada – respondeu a criança – eu apenas o ajudei a chorar.
Um pequeno gesto como esse toca o fundo da alma de qualquer pessoa. Um antigo provérbio chines diz que “um simples ato de caridade cria uma onda sem fim… que acaba sempre por retornar a você“. Que possamos espalhar mais este amor a tudo e a todos pois no fim isso só nos beneficiará! Pense nisso e pratique um pouco do amor ágape na sua vida. Pense nisso e tenha um dia feliz e abençoado.