Bom dia galerinha abençoada de Deus! Depois de um fim de semana prolongado por conta de um feriado (em Portugal comemora-se em 5 de outubro a implantação da república, feriado nacional), voltamos com a graça e proteção do Pai. Para meditarmos um pouco hoje, escolhi uma passagem no evangelho de Mateus 15:14 que nos diz:
“Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco.”
Na semana passada fui ao mercado e observei um senhor, deficiente visual, que estava a minha frente. Um atendente muito gentil estava a acompanhá-lo e ajudá-lo com as compras. Coincidentemente, ao terminar, acabei por encontrá-lo novamente e observei que a sua companheira também era deficiente visual. Imaginei a dificuldade que deve ser a vida para esse casal. Imagino que muitas coisas devem ser independentes mas para outras, dependem muito da ajuda de alguém. As dificuldades que a vida nos impõe muitas vezes nos colocam em situações onde realmente precisamos da ajuda de outras pessoas. Não podemos recorrer a quem tenha o mesmo problema que nós temos. Quando era adolescente eu praticava natação e era atleta do Clube Municipal do Rio de Janeiro. Representei o clube em muitas competições no circuito estadual e até no nacional. Me lembro de uma prova que participei em Copacabana em mar aberto (hoje conhecida como travessia dos fortes). Meu treino em piscina sempre foi exemplar mas eu, literalmente, amarelei na praia de Copacabana. Fiquei com muito medo! Meu instrutor me passou alguns segredos para nada no mar e me contou sua história no mar. Ele havia participado de uma corrida que começava com uma prova de natação, de quase dois quilômetros, no mar. Seiscentos participantes se juntaram na praia ao nascer do sol, alguns esperavam ganhar uma medalha. Ele esperava acabar tudo antes do jantar. Seis boias alaranjadas marcavam o caminho. Seus companheiros de corrida lhe disseram que o segredo para ficar no caminho certo: “a cada quatro ou cinco braçadas, levante a cabeça para fora da água e tome o rumo certo. A última coisa que você quer fazer é sair do caminho certo e ter de nadar uma distância a mais para voltar”. Parecia simples. Ele já tinha praticado a técnica do “levantar e olhar” à exaustão na piscina. Mas não no mar agitado pelo vento. O vento… gente: o vento! Todos engoliram em seco ao ver a bandeira lá em cima toda esticada, e os ventos soprando mais fortes. Rajadas de vento faziam com que o mar da baía se parecesse com uma cordilheira de águas salgadas. E o que era pior, o vento soprava para o sul. Todos tinham que nadar para o norte! “Sem problemas”, ele disse a si mesmo para tranquilizar. “E só nadar de uma boia a outra”. Depois de alguns minutos, a tática de nadar de “uma boia a outra” se transformou em: “Quero minha mãe!” Ele, que se achava um peixinho, não tinha a menor chance. Cada vez que levantava e olhava, tudo o que via era a próxima onda. Foi um desastre. Até onde pode perceber, nadava em círculos! Então, de repente, a ajuda veio nadando até ele. Uns seis competidores fizeram meu corpo de ponte. Primeiro, ele ficou muito irritado. Depois, se tocou: eles sabem aonde estão indo! E, então, foi atrás deles. Tão mais fácil. Sem procurar por marcadores nas ondas; só ficar com a turma. E foi o que ele fez. Deslizaram pela baía com a confiança de um bando de golfinhos, conferindo o rumo dos companheiros a cada dez minutos, cada braçada nos levando mais próximos do fim. Mas, do nada, minha mão bateu no bote de salvamento. Parei e olhei para um dos juízes. Um a um, meus novos companheiros de corrida vieram e bateram em mim ou no barco. Engavetamento em pleno mar.
— Pessoal, para onde vocês estão indo?
Perguntou o cara na canoa. Pela primeira vez em algum tempo, olharam a volta. Estavam pelo menos uns quinhentos metros fora do curso, bem à caminho do mar aberto do oceano Atlântico. Olharam uns para os outros… ninguém disse nada, mas todos sabiam o que cada um pensava. Cada um pensava que o outro sabia o caminho certo. Eram tantos nadadores que não podiam estar todos errados, não é mesmo? Mas podiam sim! Um pouco frustrados e bastante envergonhados, todos viraram na direção da praia e se juntaram ao evento. Mas todo o evento dessa envergadura tem vários fiscais e juízes a observar a qualquer um que se distancie do seu objetivo final. Já teve dias assim? Dias em que você de repente percebe que está a quilômetros distante de seu caminho? Então saiba que o Pai também nos envia um bote de resgate em dias assim. Jesus, posicionado acima das ondas e desfrutando de uma visão privilegiada da praia, oferece-nos seus cuidados: “Quer uma ajuda para voltar ao caminho certo?”
Pense nisso e tenha um dia feliz e abençoado!
Publicado por Pastor Claybom, pai apaixonado, nerd como marca de nascimento, geek por paixão, adorador por excelência. Enfim, um servo de Deus que tenta entender tudo o que Ele nos oferece no dia a dia.