A NASA planeja iniciar em 2014 os testes de sua nova espaçonave, a Orion, que substitui o Space Shuttle, mais conhecido por aqui como “o ônibus espacial”. Depois de permanecer na ativa por trinta anos, entre 1981 e 2011, e depois dos desastres com a Challenger e Columbia, é hora de ser substituído por algo mais moderno.
A Orion (parte do programa Constellation da NASA) deve substituir o ônibus espacial da mesma forma que este substituiu o já antiquado programa Apollo. O primeiro teste, batizado pela agência americana de Exploration Flight Test, ou EFT-1, dará duas voltas ao redor da órbita terrestre e depois retornará à atmosfera terrestre em alta velocidade. A Orion pousará no mar, onde será resgatada por equipes da NASA.
Qualquer semelhança com o antigo modus operandi do programa Apollo não é mera coincidência. Além de mais inseguro (o que, dois acidentes fatais depois, ficou patente), o programa do Ônibus Espacial provou ser muito caro. Por empregar peças reutilizáveis (o tanque de combustível principal e a própria nave) esperava-se que o custo por missão fosse drasticamente menor, o que não ocorreu. Por isso, a Nasa resolveu retomar no Orion o paradigma do “foguete descartável com cápsula em forma de projétil”, usado no programa Apollo.
Outro problema dos ônibus espaciais é mais grave do ponto de vista das misões para o sistema solar: sua estrutura impede qualquer tipo de vôo que não seja orbital. Um ônibus espacial, apesar do nome, nunca levaria passageiros à Lua. Muito menos a Marte.
Segundo a NASA, a primeira missão, que será lançada do Cabo Canaveral na Flórida em data ainda a confirmar, buscará criar um bom número de dados sobre as capacidades de vôo da nova espaçonave e testar os equipamentos para suportar velocidades superiores a 20 mil milhas por hora (cerca de 33 mil km/h).
Com a nova Orion, a NASA espera levar os astronautas para lugares nunca dantes navegados como asteróides e Marte, segundo informações do Dvice. A agência espacial americana também busca parcerias com empresas privadas para desenvolver tecnologias para a missão.
O vôo teste EFT -1 dará as informações necessárias para decisões futuras e importantes, o objetivo é reduzir qualquer chance de riscos às próximas missões tripuladas. A Orion deve ser levada até o espaço por um foguete Delta 4 (usado para lançar satélites) ou até pelo Atlas 5 (originalmente para mísseis balísticos) – foguetes mais antigos, uma vez que os novos Ares 1 e 5 do programa Constellation ainda não estão plenamente testados.
Segundo o Daily Mail, a NASA gastou até o momento 5 bilhões de dólares com o programa Constellation, que engloba a nave Orion. O programa chegou a ser cancelado pessoalmente pelo Presidente Barack Obama durante a recente crise econômica dos Estados Unidos e, em vista da atual crise européia, continuou na geladeira. As parcerias público-provadas seriam, pois, uma maneira de viabilizar o retorno das missões.
Fonte: Geek
Publicado por Pastor Claybom, pai apaixonado, nerd como marca de nascimento, geek por paixão, adorador por excelência. Enfim, um servo de Deus que tenta entender tudo o que Ele nos oferece no dia a dia.